Arquitetura civil e militar:
- Casa do Conde de Simas é uma das muitas casas senhoriais existentes na Zona Classificada, um bom exemplo da sobriedade e equilíbrio da arquitetura da vila. Pertenceu a Manuel Simas, feito Conde de Simas, um rico comerciante, político e benemérito local, que a ofereceu à Câmara Municipal que a usa, desde 21 de Fevereiro de 1940, como paços do concelho. - Casa da Rua Marquês de Pombal I - Casa da Rua Marquês de Pombal II - Casa de Francisco Barcelos - Casa do Largo de Santo António - Casa do Visconde D'Almeida Garret - Solar da família Espínola - Solar da família Pamplona - O Centro Cultural da Ilha Graciosa é um moderno edifício sito na Rua do Mercado, no limite da Zona Classificada, dotado de um grande auditório, foyer e sala de exposições temporárias. Construído pelo Município de Santa Cruz da Graciosa, o projeto é da autoria do arquiteto Miguel Cunha. - Os antigos paços do concelho (até 1940), e atual Biblioteca Municipal de Santa Cruz, é um edifício sito no lado sul do Rossio, onde até recentemente funcionou o Tribunal da Comarca de Santa Cruz da Graciosa. O edifício foi reconstruído em 1757, ficando então a Câmara e o tribunal instalados no primeiro piso e a cadeia nos baixos. Sobre a fachada existiu um sino, usado para anunciar as reuniões camarárias. Depois de obras de adaptação, desde março de 2005 funciona no imóvel a Biblioteca Municipal de Santa Cruz, tendo sido dotado de uma moderna sala de reuniões e conferências. A Biblioteca Municipal foi instituída a 16 de setembro de 1950, funcionando durante décadas nos baixos da Câmara Municipal. Promove diversas atividades lúdico-pedagógicas e exposições mensais, tendo secções de audiovisuais, periódicos, infanto-juvenil e de exposição temporária. - O Museu da Graciosa, instalado numa casa assolarada da Rua das Flores, frente à rampa de varagem das Fontainhas, foi oficialmente criado em 1977, pelo Governo Regional dos Açores. Em 1978 iniciou-se o processo de constituição efetiva do Museu, escolhendo-se e adquirindo-se um edifício apropriado para a sua instalação e iniciando-se a recolha e o levantamento de espécimes etnográficas da ilha. O Museu foi inaugurado a 6 de dezembro de 1978. Para além de exposições temporárias, o Museu da Graciosa alberga numerosas coleções ligadas à etnografia da ilha e à história económica da Graciosa, incluindo coleções de brinquedos, loiça, mobiliário e recordações enviadas pelos emigrantes que partiram para os Estados Unidos em busca de melhor sorte. Nos baixos do edifício é mantida uma antiga adega, com os seus equipamentos, e ao lado está exposto um bote baleeiro utilizado na caça ao cachalote. O Museu tem como extensões um barracão de botes baleeiros na vila de Santa Cruz, outro na vila Praia e ainda um moinho de vento no lugar das Fontes. - Fora da zona classificada situa-se o novo Tribunal da Graciosa, um imóvel de moderna arquitetura, recentemente inaugurado, e a Escola Básica e Secundária da Graciosa, com um moderno auditório e um edifício central de grande beleza arquitetónica. Esta escola, a única que ministra na ilha o ensino para além do 4.º ano de escolaridade, é herdeira da antiga Escola Preparatória Coronel Veríssimo de Sousa, fundada em Outubro de 1971, e da Delegação Escolar de Santa Cruz da Graciosa, administrando hoje toda a rede escolar da Graciosa, que, após a extinção entre 1993 e 2006 de 8 pequenas escolas primárias, ficou composta por uma escola do 1.º ciclo com jardim-de-infância na sede de cada freguesia. - A Escola Preparatória Coronel Veríssimo de Sousa tinha como patrono António Veríssimo de Sousa, um antigo governador civil de Angra do Heroísmo. A criação daquele estabelecimento, o primeiro a ir além do ensino primário na ilha, deveu-se às diligências do então Presidente da Câmara, professor Valquírio Louro. Foi primeira Diretora a Dr.ª Maria Fernanda de Campos Gregório. O estabelecimento, que para além da sua diretora funcionava apenas com professores primários, tinha duas contratadas como funcionárias administrativas e um casal que desempenhava as funções de contínuos. O edifício onde funcionou a Escola Preparatória era uma antiga casa de habitação, que já servira para o ensino primário. O patrono foi abandonado na sequência da Revolução do 25 de Abril e a escola acabou por ser fundida em 1978 com a Secção Liceal do Liceu Nacional de Angra do Heroísmo que funcionava na ilha desde 1976, passando então a ministrar ensino até ao final do 3.º ciclo. Com edifício próprio, embora de má qualidade, inaugurado em 1985, a escola teve ensino secundário apoiado pela autarquia a partir de 1995 (apenas oficializado e assumido pelo Governo Regional dos Açores em 1997) passando em 1998 para Escola Básica Integrada, incorporando então a Delegação Escolar do concelho. Em 2005, já com modernas instalações, passou a denominar-se Escola Básica e Secundária da Graciosa. - No lugar do Rebentão existe um NDB desativado, parte do primitivo sistema de aproximação da Base das Lajes, usado pelos aviões vindos da América do Norte em direção àquele aeroporto. Aquele equipamento constitui hoje um interessante património tecnológico abandonado. - Na Ponta da Barca, na costa noroeste da freguesia, situa-se o Farol da Ponta da Barca, inaugurado em 1 de fevereiro de 1930, um dos maiores e mais potentes faróis dos Açores. - Forte da Barra - Forte de Santa Catarina - Fortim da Calheta
Arquitetura popular:
- O património baleeiro, ligado à atividade de baleação introduzida nas ilhas em meados do século XIX por marinheiros açorianos que tinham trabalhado nos navios baleeiros da Nova Inglaterra, é diversificado e encontra-se um pouco por todo o litoral graciosense. Na vila de Santa Cruz ele está presente no bote baleeiro, dos quais chegou a existir mais de 12 na ilha, exposto na coleção do Museu da Graciosa com toda a sua palamenta, no barracão dos botes, junto ao porto da Calheta, e na vigia da baleia sito no topo do Monte de Nossa Senhora da Ajuda. O Museu da Graciosa também guarda binóculos e transmissores utilizados nas vigias e múltiplos instrumentos utilizados na caça ao cachalote. O Clube Naval da Ilha Graciosa recuperou e opera a lancha baleeira (gasolina) Estefânia Correia, uma embarcação que fez história na caça ao cachalote e que, simultaneamente, salvou a vida a muitos graciosenses, transportando-os até à ilha Terceira para receber cuidados médicos quando não havia outro transporte disponível. No - Porto da Barra existem os restos da antiga desmancha da baleia, com os seus traióis, pertença da extinta Companhia Baleeira da Graciosa, Lda., uma empresa fundada em 1932. - Forno da cal (Vila de Santa Cruz da Graciosa) - Moinho da Achada (Bom Jesus) - Moinho da Canada da Grota (Fontes) - Moinho da Canada de Trás-do-Pico (Fontes) - Moinho da Canada do Pombal (Vila de Santa Cruz da Graciosa) - Moinho das Fontes (Fontes) - Moinho do Degredo (Vila de Santa Cruz da Graciosa) - Moinho do Pico das Mentiras (Vila de Santa Cruz da Graciosa) - Moinho do Rei (Vila de Santa Cruz da Graciosa)
“Arquitetura da água” graciosense:
- Os Pauis e o Rossio de Santa Cruz (Praça Fontes Pereira de Melo) são o maior espaço público urbano de qualquer das vilas açorianas, com dois grandiosos tanques descobertos,[10] os pauis, escavados do lado norte e uma vasta praça com um coreto no seu centro (o Rossio) do lado sul. O atual coreto, construído em 1945 em substituição de um que ali existia desde 1886, é apelidado de açucareiro. A praça está ladeada por um notável conjunto de araucárias (da espécie Araucaria heterophylla (Salisb.) Franco) e metrosíderos seculares, datando o plantio de algumas da árvores da década de 1880, então iniciativa do Manuel Simas, futuro Conde de Simas. No lado leste dos pauis existe um fontanário em basalto, ali colocado em Novembro de 1959 e um monumento ao emigrante inaugurado no ano 2000. - Chafariz do Barro Vermelho (Barro Vermelho) - Chafariz e Bebedouro das Fontes (Fontes) - Tanque da Achada (Bom Jesus) - Tanque da Canada do Bairro (Cruz do Bairro) - Tanque do Atalho (Vila de Santa Cruz da Graciosa) - Tanque Velhos (Fontes)
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